quarta-feira, 2 de julho de 2008

José Serra X Professores

CARINA URBANIN - Agencia Estado

"SÃO PAULO - A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou hoje, em nota, que os professores da rede pública estadual, em greve desde 16 de junho, não serão remunerados pelos dias não trabalhados. Haverá também desconto no pagamento de bônus e gratificação. As escolas ainda foram liberadas para convocar professores substitutos."

Não me espanta a atitude da Sra. secretária como fiel discípula de José Serra que ela é.

Essa postura radical com certeza não será bem recebida pelos duzentos e cinqüenta mil professores da rede estadual e sua indignação será demonstrada de forma mais cabal nas urnas.

Os candidatos a qualquer cargo que estiverem apoiando o governador José Serra nessa sua cruzada contra o professorado por certo irão perder muitos votos, muito mais do que imaginam.

Quanto ao desconto, só poderá ocorrer se a greve for considerada ilegal, o que ainda não aconteceu até agora.



sexta-feira, 27 de junho de 2008

Equívoco

PAULO - A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo lamentou nesta sexta-feira, 27, em nota, a continuidade da greve dos professores, decidida nesta sexta-feira, 27, em assembléia na Avenida Paulista. A secretaria argumenta que, mesmo com o anúncio de reajuste salarial de 12,2%, os professores decidiram manter o movimento iniciado no dia 16, "o que mostra que o sindicato não está preocupado com a qualidade de ensino das escolas paulistas", segundo a pasta.


A Sra. Secretária tenta manipular a opinião pública quando declara que os professores e a Apeoesp não estão preocupados com a qualidade de ensino das escolas paulistas. Isso não é verdade! A situação calamitosa em que se encontra a educação no Estado de São Paulo se deve aos equívocos clamorosos cometidos por governos anteriores e pelo atual, que decidiram e decidem tudo em seus gabinetes sem conhecer a realidade das escolas. Não foram os professores que implantaram a progressão continuada e instituíram nas unidades escolares um regime de permissividade total, suprimindo punições elementares de alunos que chegam a agredir fisicamente colegas e quem trabalha nos estabelecimentos. A disciplina escolar não existe mais, a dano irreparável do ensino.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Greve Justificada

O governador José Serra não quer que professores concursados e designados para escolas longe de suas cidades ou moradias exerçam o sagrado direito de pedir transferência ou remoção para unidades de ensino mais próximas, que não os sacrifiquem em demasia. Entraram em greve contra essa absurda e inexplicável atitude do governador e ninguém pode condená-los por isso.
Trata-se de greve justa e que deve ser repetida até que o ocupante do Palácio dos Bandeirantes volte atrás. Serra é um político pessimamente assessorado.
A força do professorado é de tal ordem que ele não se elegerá nem para síndico de prédio do BNH se não mudar de atitude com relação à categoria.
Você vai perder centenas de milhares de votos, Serra. Quem viver verá.

Serra X professores

Texto transcrito do "blogdocostapereira.blogspot.com"

Professores e parentes dos ditos cujos: lembrem-se das ações do governador José Serra contra a categoria na hora de votar. Para ele, professor não pode ficar doente; deve aturar tudo que partir dos ``estudantes´´, até mesmo agressões físicas; e contentar-se com salários miseráveis.
Livrem-se dele não sufragando o seu nome nem para síndico de prédio. Não votem em José Serra. Ele despreza professores. Desprezem-no também não votando nele em hipótese alguma, seja para que cargo for.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Violência nas escolas

Agencia Estado

SÃO PAULO - Pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) revela que 87% dos profissionais da educação no Estado disseram ter sido alvo ou saber de algum caso de violência dentro da escola. Os alunos, de acordo com 93,3% dos professores, são os maiores causadores da violência. O reflexo disso é que 29% dos profissionais chegaram a se afastar temporariamente do trabalho ou deixaram de lecionar por causa de agressões. Para 39%, a violência é também o motivo para alunos abandonarem as aulas. Foram ouvidos 684 professores durante o 21º Congresso Estadual da Apeoesp, realizado em dezembro de 2006, e os dados só foram divulgados hoje. Quase todos os consultados, 96%, disseram que foram vítima ou souberam de algum caso de agressão verbal; 88,5%, de atos de vandalismo; 82% sofreram ou souberam de caso de agressão física; e 76,4%, de furto. Além disso, 46% dos professores souberam de casos de pessoas armadas nas aulas e 70% têm conhecimento de tráfico de drogas dentro da escola."Os dados não chegam a surpreender, mas são preocupantes", disse o presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro. Ele afirmou que não existe pesquisa similar com a qual seja possível fazer uma comparação exata. No entanto, diz Castro, com base em cruzamentos com estudos de outros Estados, é possível concluir que a violência dentro das escolas está aumentando. "Há a necessidade de medidas concretas tanto nas salas de aula quanto nas comunidades, para diminuir os casos de violência escolar", afirmou.Para ele, a principal providência a ser tomada é a integração da comunidade na escola, com participação de pais, alunos, e profissionais da educação na resolução de problemas. "Nossa escola é extremamente autoritária e não estimula essa integração na elaboração de uma proposta para a educação escolar, com uma gestão democrática." CidadaniaOutros problemas que ajudam na ocorrência de casos de violência escolar é a falta de infra-estrutura e de funcionários, como vigias e inspetores, que, de acordo com o presidente da Apeoesp, "estão integrados na educação dos alunos". "A violência dentro da escola é reflexo da violência da comunidade. Mas a escola deveria estar resolvendo esse problema, não apenas instruindo na formação intelectual, mas também na cidadania", disse.Castro também defende a integração de serviços públicos sociais e de saúde na educação. "É necessário um acompanhamento psicológico, social e de saúde na educação dos alunos para evitar esses casos de agressões", afirmou

domingo, 11 de novembro de 2007

30 mil professores faltam por dia na rede pública em SP

Não posso deixar passar a notícia que foi publicada hoje (11/11/07), na Folha de São Paulo (ler abaixo do comentário) sem me manifestar. É incrível como têm saído todos os dias notícias que denigrem a imagem do professor. Não sei a quem interessa esse tipo de ação. Concordo plenamente com a defesa que a Apeoesp faz com referência à reportagem, mas quero saber porque ninguém fala do incentivo à irresponsabilidade que é dado ao aluno faltoso, que tem direito de compensar suas faltas sem ao menos precisar justificá-las e com isso ser aprovado. Também não se publica que, com a progressão continuada todos passam de ano, mesmo os que não têm a mínima condição; que as escolas estaduais quando são alvos de reportagens dispensam os alunos ruins e mantêm na escola os melhores para que tudo pareça uma maravilha; que nossos alunos entram na sala de aula aos berros, com palavrões e aos encontrões, sem fazer distinção entre o intervalo e a sala de aula onde entram com boné e headfones na cabeça, continuando a mesma conversa que tinham lá fora, que muitos não trazem nem material escolar e os que o trazem, na sua maioria, não o utilizam; que ao serem repreendidos respondem com grosseria querendo sempre ter a última palavra, sem respeitar a autoridade do professor nem o fato de este ser uma pessoa mais velha; que assobiam e fazem comentários fora do contexto para que todos riam e assim instalar a balbúrdia; que ficam mandando mensagens pelo celular e quando são chamados a atenção não dão a mínima importância.
Não sei se o número de faltosos é o mencionado na notícia, mas acredito que é maneira que os docentes encontram para preservar sua sanidade mental. Desafio qualquer um que adora escrever contra os professores a ficar com uma sala superlotada da rede estadual por uma semana e veremos se, no final da semana, continuará a escrever contra essa categoria que vem sendo achincalhada por todos aqueles que não estão dentro da escola, que não conhecem a realidade que os mestres enfrentam todos os dias.

11/11/2007 - 02h32
Reportagem da Folha, informa que quase 30 mil professores da rede estadual de ensino paulista faltam por dia às aulas. Amparados pela lei, a maioria não perde nenhum centavo dos seus vencimentos, informa a matéria publicada na edição deste domingo da Folha. Esse número significa uma ausência diária de 12,8%.
Desses 30 mil, menos de 2.400 têm faltas que acarretam perda de salário, segundo dados oficiais de 2006. É que os docentes contam com 19 dispositivos legais que permitem faltar ao trabalho sem ter desconto no salário --licença médica, licença-prêmio (por assiduidade), falta abonada por "motivo relevante" (seis ao ano neste caso), entre outros.
Outro lado
O presidente da Apeoesp (sindicato dos professores), Carlos Ramiro de Castro, afirmou que, com salários baixos, longas jornadas, salas superlotadas e violência na escola, os professores tendem a adoecer e, por isso, precisam faltar.
Assustador é a condição de trabalho, os salários humilhantes, as jornadas stressantes, a violência, a falta de respeito que a classe tem sido tratada! Oras, se faltam tanto, por que não fazem uma pesquisa para saber a causa de tantas faltas? Procurem enxergar o professor como uma pessoa humana, sujeito a doenças como todo mundo!
Quanto aos dispositivos citados acima, qual é o problema? Tantas mamatas que sabemos existir ... é só o professor que tem em mãos esses dispositivos? Que eu saiba no país do faz de contas políticos trabalham muito menos, ganham muito mais e não passam por stress! Sem contar que se aposentam num período menor que o professor e com uma aposentadoria de dar água na boca! Quanta hipocrisia! Tudo o professor! É fácil criticar quando estamos num gabinete com ar-condicionado com todas as regalias possíveis e em segurança! Será que alguém está de fato interessado na educação? Humm, duvido muito! Se estivessem tão preocupados começariam pagando os professores descentemente! Dariam a eles condições de trabalho... salas superlotadas! Sem contar, FGTS, etc etc etc...
Que coisa, não? Como os professores tem mordomias!!!rsrs

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Quem vê cara, não vê coração

É incrível como ao assumir o poder as pessoas esquecem suas batalhas. A secretária não se lembra mais do tempo em que, como professora, promovia greves e exortava a tamarem parte, sem qualquer preocupação com faltas. Na época, ela achava que faltas por greve eram mais do que justas, hoje, não dá aos seus ex-colegas, nem mesmo o direito de faltar por motivo de doenças. Como o mundo dá voltas! É bom que a secretária Sueli Maia não se iluda. O mesmo professorado que a escolheu como legisladora, irá agora puni-la como figura pública que não tem memória ou finge não a ter. Ou será uma questão de caráter??????????????????????