segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Violência nas escolas

Agencia Estado

SÃO PAULO - Pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) revela que 87% dos profissionais da educação no Estado disseram ter sido alvo ou saber de algum caso de violência dentro da escola. Os alunos, de acordo com 93,3% dos professores, são os maiores causadores da violência. O reflexo disso é que 29% dos profissionais chegaram a se afastar temporariamente do trabalho ou deixaram de lecionar por causa de agressões. Para 39%, a violência é também o motivo para alunos abandonarem as aulas. Foram ouvidos 684 professores durante o 21º Congresso Estadual da Apeoesp, realizado em dezembro de 2006, e os dados só foram divulgados hoje. Quase todos os consultados, 96%, disseram que foram vítima ou souberam de algum caso de agressão verbal; 88,5%, de atos de vandalismo; 82% sofreram ou souberam de caso de agressão física; e 76,4%, de furto. Além disso, 46% dos professores souberam de casos de pessoas armadas nas aulas e 70% têm conhecimento de tráfico de drogas dentro da escola."Os dados não chegam a surpreender, mas são preocupantes", disse o presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro. Ele afirmou que não existe pesquisa similar com a qual seja possível fazer uma comparação exata. No entanto, diz Castro, com base em cruzamentos com estudos de outros Estados, é possível concluir que a violência dentro das escolas está aumentando. "Há a necessidade de medidas concretas tanto nas salas de aula quanto nas comunidades, para diminuir os casos de violência escolar", afirmou.Para ele, a principal providência a ser tomada é a integração da comunidade na escola, com participação de pais, alunos, e profissionais da educação na resolução de problemas. "Nossa escola é extremamente autoritária e não estimula essa integração na elaboração de uma proposta para a educação escolar, com uma gestão democrática." CidadaniaOutros problemas que ajudam na ocorrência de casos de violência escolar é a falta de infra-estrutura e de funcionários, como vigias e inspetores, que, de acordo com o presidente da Apeoesp, "estão integrados na educação dos alunos". "A violência dentro da escola é reflexo da violência da comunidade. Mas a escola deveria estar resolvendo esse problema, não apenas instruindo na formação intelectual, mas também na cidadania", disse.Castro também defende a integração de serviços públicos sociais e de saúde na educação. "É necessário um acompanhamento psicológico, social e de saúde na educação dos alunos para evitar esses casos de agressões", afirmou

Um comentário:

Anônimo disse...

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